Estudantes poderão fazer nova prova em 28 e 29 de novembro. Promotor quer questões anuladas
O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), cancelou as provas de todos os 639 estudantes do Colégio Christus, que usou questões do Exame Nacional do Ensino Médio em simulado uma semana antes do teste. Em nota, o órgão diz que foi quebrada a garantia de direitos iguais para todos.
"No entender do Inep, esse fato configura uma quebra de isonomia, independente da questão criminal, que seguirá sendo apurada pela Polícia Federal", diz nota. Segundo o documento, nos próximos dias, o Inep vai contatar os alunos que tiveram a prova cancelada e oferecer a possibilidade de refazer as provas nos dias 28 e 29 de novembro próximo.
A nota diz ainda que não considera que houve vazamento: "Depois de revisados todos os procedimentos da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011, e sem encontrar nenhuma ocorrência de incidente, concluiu-se que não houve vazamento na sua aplicação. Em vista disso, decidiu acionar a Polícia Federal para esclarecer de que maneira os estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso a questões do Enem 2011. E, em caso de envolvimento da instituição ou de terceiros, o Inep manifesta desde já sua intenção de processá-los civil e criminalmente."
As questões usadas em simulado do Colégio Christus faziam parte de um pré-teste aplicado em 2010 para avaliar a dificuldade de perguntas que poderiam ser usadas em futuras edições do Enem. O pré-teste de 2010 foi aplicado a 100 mil alunos de 40 cidades pelo Brasil.
MP quer anulação das questões
O procurador do Ministério Público Federal no Ceará, Oscar Filho, afirmou que vai entrar com ação civil pública na Justiça Federal para anular as questões às quais os estudantes tiveram acesso antes do exame deste fim de semana. Segundo ele, outros candidatos podem ter visto os itens. "Esta medida é necessária para manter a isonomia do exame."
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